quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Arquimedes

Arquimedes de Siracusa
Pintura de Domenico Fetti (1620)

Arquimedes de Siracusa

Borges e Nicolau
Arquimedes nasceu em Siracusa, na Sicília em 287 aC e morreu também em Siracusa, em 212 aC. Siracusa pertencia à região chamada Magna Grécia. Realizou seus estudos em Alexandria e deixou para a humanidade inúmeras invenções e descobertas. Seu pai, Fídias, era astrônomo, passando à história por ser o pai de Arquimedes, mas certamente contribuiu para despertar a curiosidade daquele que viria a ser um dos maiores desvendadores dos segredos naturais de todos os tempos. Em certa fase da vida Arquimedes visitou o Egito, onde inventou um sistema capaz de transportar água a pontos mais elevados, chamado Parafuso de Arquimedes, ainda utilizado nos dias atuais.

Ao contemplar o tratado de Estática de Arquimedes, que abrangia desde os princípios fundamentais relativos ao centro de gravidade até às alavancas, o rei Hierão, de Siracusa, teria dito: "Acharei de hoje em diante possível tudo quanto me disser Arquimedes!"
Tal afirmativa, partindo do rei, fez com que Arquimedes replicasse: "Dêem-me um ponto de apoio e, com a minha alavanca, erguerei o mundo".


Gravura alusiva à afirmação de Arquimedes

Para continuar a maravilhar o rei, Arquimedes movimentou um navio carregado com sua força muscular, que não era grande, multiplicada por um sistema de polias, conhecido como talha, amplamente utilizado até hoje.

Também é atribuido a Arquimedes o uso de espelhos côncavos para incendiar as velas dos navios romanos invasores. Tal fato é possível, mas pouco provável em face aos recursos tecnológicos da época. Os espelhos eram de bronze, sendo seu polimento feito com areia.

Por falar em lendas, a mais famosa em relação ao sábio e relatada pelo arquiteto romano Vitrúvio, no século I dC, diz que o rei Hierão mandou fazer uma coroa de ouro. Como a coroa não brilhasse como era esperado e dando ouvidos aos boatos de que o ourives teria usado menos ouro do que o rei pedira, Hierão convocou Arquimedes que já era um famoso filósofo, como eram conhecidos estudiosos e cientistas. 

Consultado sobre a composição da coroa, Arquimedes foi pensar na banheira. Dizem que ele costumava passar horas entretido com questões filosóficas mergulhado em água morna e sais de banho. Ao ver a água transbordar quando entrou na banheira, Arquimedes teve um momento de inspiração e vislumbrou a solução do problema. Entusiasmado, saiu correndo, nu pelas ruas de Siracusa, gritando “Eureka, Eureka!”, que em grego quer dizer “Descobri, descobri!”.

Pois saibam que nesse instante nasceu o que hoje conhecemos como "Princípio de Arquimedes" (referente à força que age sobre qualquer corpo mergulhado num líquido: o empuxo).

Arquimedes mergulhou a coroa num recipiente completamente cheio de água e mediu o volume derramado. A seguir, mergulhou blocos de ouro e prata com pesos iguais ao da coroa e mediu as quantidades que transbordaram. O volume transbordado pela coroa ficou entre os volumes derramados pelos blocos de ouro e prata, provando que o ourives não tinha sido honesto.

Arquimedes foi coberto de glória pelo seu feito. Não vamos falar do triste destino do ourives. Não vale a pena.

Galileu Galilei, contestou essa versão, sugerindo que Arquimedes teria solucionado o problema usando uma balança hidrostática.

Siga os links:

Para saber mais. (aqui)

Os mitos dos cientistas e suas controvérsias, de Rodrigo Moura e João Batista Garcia Canalle, Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 23, no 2, Junho, 2001. (aqui)

Alavanca de Arquimedes (aqui)

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