terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Leituras do Blog


Umidade relativa do ar

Borges e Nicolau
O ar é uma mistura de gases da qual participa o vapor de água. A umidade relativa do ar é a razão entre a massa de vapor de água contida em certo volume de ar pela massa de vapor de água que esse mesmo volume de ar conteria se, à  mesma temperatura, estivesse saturado de vapor de água.

Assim, se num certo volume de ar a uma dada temperatura verificarmos a presença de 30 g de vapor de água e se à mesma temperatura o ar estiver saturado com a presença de 60 g de vapor de água, a umidade relativa (Ur) pode ser obtida:
Ur = 30/60 => Ur = 0,5 => Ur = 50%.

Ar saturado de vapor de água é o ar que, a uma dada temperatura contém em sua composição a quantidade máxima de vapor de água possível. Sabemos que a água evapora espontaneamente, ou seja, moléculas de água são constantemente lançadas ao ar, razão pela qual se deixarmos um prato com água ao relento esta desaparecerá aos poucos. No entanto, se o ar sobre o prato estiver saturado, a evaporação não ocorrerá.

A sensação de calor está intimamente ligada à umidade relativa do ar. O limite ideal está entre 50% e 70%. Nesta faixa, há uma evaporação eficiente do suor, de modo que a perda de calor pelo organismo consegue manter constante sua temperatura corporal.

Quando a umidade é alta, mesmo que a temperatura ambiente não chegue a alcançar valor muito elevado, a sensação de calor é sufocante e opressiva: a velocidade de evaporação do suor é reduzida, devido à grande quantidade de vapor existente na atmosfera.

Um exemplo. Com a temperatura do ar em 24 ºC e umidade relativa 0%, a temperatura do ar parecerá estar a 21 ºC para os nossos corpos. Com pouca umidade o ar permite a evaporação da água de nossa pele e o processo faz com que a sensação seja de arrefecimento da temperatura ambiente. No entanto, se a temperatura do ar for de 24 ºC e a umidade relativa 100%, vamos achar que a temperatura é de 27 ºC. A sensação é de abafamento, semelhante ao que ocorre após uma rápida chuva, num dia quente. O calor se acentua. Isso acontece, pois a evaporação da água da chuva aumenta a umidade relativa do ar.

Entretanto, quando a umidade relativa é muito baixa, há consequências ainda mais graves, não só para a população como também para o ambiente. Para as pessoas, há o ressecamento das mucosas que levam a complicações respiratórias, sangramento nasal, ressecamento da pele, irritação dos olhos, etc. Estes sintomas se intensificam com a poluição atmosférica e com o grau de debilidade do indivíduo, sobretudo no caso de crianças e idosos. No ambiente, o ar seco produz eletricidade estática que pode danificar equipamentos eletrônicos. Além disso, aumenta consideravelmente a possibilidade de incêndios em pastagens e florestas.

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