domingo, 5 de fevereiro de 2012

Arte do Blog

Escravos de ganho
Debret

Jean-Baptiste Debret nasceu em Paris, França, em 1768 e morreu na mesma cidade em 1848. Desde cedo manifestou inclinações artísticas e quando começou seus estudos de arte acompanhou o chefe da escola neoclássica francesa, o pintor Jacques-Louis David, seu primo, em uma viagem a Roma, na época em que este último pintava a sua célebre tela "O Juramento dos Horácios". Retornando da Itália, freqüentou a École des Beaux-Arts de Paris, mas, em decorrência da Revolução Francesa, afastou-se da pintura durante cinco anos. Voltou à ativa, conquistando em 1798 um prêmio no Salon de Paris, no qual mais tarde exporia por diversas vezes. Em 1816, foi convidado por Joaquim Lebreton para integrar a chamada Missão Artística Francesa, que aportou no Rio de Janeiro, então sede da corte portuguesa, aqui instalada em 1808 com a vinda de Dom João VI e da família real.

Negros e mulatos coletando esmolas

No tempo em que morou no Brasil, Debret participou da fundação da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), realizou retratos da família Imperial, instalou uma escola particular de pintura e foi o responsável pelo primeiro salão de arte brasileiro, realizado em 1829. Com toda essa atividade, não é de se admirar que tenha se exposto à hostilidade dos artistas portugueses que então disputavam com os franceses o controle do sistema de ensino artístico no Rio de Janeiro.

 Rio de Janeiro

Debret acabou por retornar à França em 1831 e lá empreendeu a publicação de sua "Voyage pittoresque et historique au Brésil", edição em três volumes que vieram a lume, respectivamente, em 1834, 1835 e 1839. A respeito desse trabalho, escreveu Oliveira Lima, no seu clássico livro sobre Dom João VI: “percorrendo-se a formosa obra de Debret e encontrando relembradas nas suas curiosas litografias as grandes cerimônias da Corte do Rio de Janeiro, no primeiro quartel do século XIX, aclamações, funerais, casamentos, vê-se graficamente onde e como se constituiu o sentimento nacional da terra”. No Brasil, a obra de Debret integra importantes acervos, como os da Biblioteca Nacional, do Museu Nacional de Belas Artes, do Museu da Chácara do Céu e do Instituto Moreira Salles, que possui hoje o Highcliffe Album, organizado por Charles Landseer. Fonte: www.dezenovevinte.net

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