domingo, 30 de junho de 2013

Arte do Blog

Fall In Sharonwood Park 2, 2013
Said Oladejo-Lawal

Hoje apresentamos um pintor contemporâneo de origem africana, cuja obra pode ser classificada como impressionista.
Said Oladejo-Lawal é o seu nome. Said nasceu na Nigéria e estudou no instituto de arte de Pittsburgh e na faculdade de Tecnologia Yaba, de Lagos, na Nigéria.

 Sharonwood Remembered 2, 2013

Dono de um traço original com toques de arte africana tradicional, assim Said define o seu trabalho: Minha arte é um olhar sobre a minha alma e procura inspirar em quem a contempla sentimentos de alegria e paz. Essa é a intenção primordial.

 Lilies 1

Na tarefa complexa de transferir para as telas meus sentimentos e emoções procuro diversificar o uso de materiais e assim faço uso de tinta a óleo, pastel, acrílico, aquarela e fotografia. O resultado tem sido satisfatório.

 Sailing, 2013

Desde 2009 Said vive nos Estados Unidos da América, em Columbus, Ohio, com a esposa e dois filhos.

River Line, 2013
 

sábado, 29 de junho de 2013

Especial de Sábado

Ganhadores do Premio Nobel de Física

Borges e Nicolau
x
2011
Saul Perlmutter, Brian P. Schmidt e Adam G. Riess por seus trabalhos sobre a expansão acelerada do Universo através da observação de estrelas supernovas distantes.

Saul Perlmutter (1959) Brian P. Schmidt (1967) e  Adam G. Riess (1969) cientistas estadunidenses


Prêmio Nobel de Física 2011 

Os cientistas norte-americanos Saul Perlmutter, Adam Riess e Brian Schmidt receberam o Nobel de física de 2011 por pesquisas que mostraram como a expansão do Universo está acelerando. Os estudos se basearam na observação da luz de supernovas - explosões que marcam o fim da vida de estrelas com muita massa.

O fato de que o Universo está se expandindo já era conhecido desde a década de 1920. O trio, no entanto, descobriu que essa expansão está acelerando - e não desacelerando, como era anteriormente esperado.

"A partir de seus estudos, eles descobriram que a taxa de expansão do Universo está acelerando. Essa conclusão veio como uma enorme surpresa para os cientistas", disseram os membros do comitê do Nobel.


Durante o anúncio, os apresentadores do prêmio mostraram que 95% da energia estimada no Universo não tem origem conhecida. "Consiste de objetos que nós não sabemos nada a respeito. Essa descoberta é um marco para os estudantes de cosmologia."


Saiba mais aqui

Próximo Sábado: Ganhadores do Premio Nobel de 2012: 
Serge Haroche e David J. Wineland, por seus trabalhos com "inovadores métodos experimentais que permitem medição e manipulação de sistemas quânticos individuais".

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Caiu no vestibular

Movendo-se num hexágono

(ITA-SP)
Um problema clássico da cinemática considera objetos que, a partir de certo instante, se movem conjuntamente com velocidade de modulo constante a partir dos vértices de um polígono regular, cada qual apontando a posição instantânea do objeto vizinho em movimento. A figura mostra a configuração desse movimento múltiplo no caso de um hexágono regular.



Considere que o hexágono tinha 10,0 m de lado no instante inicial e que os objetos se movimentam com velocidade de modulo constante de 2,00 m/s. Após quanto tempo estes se encontrarão e qual devera ser a distancia percorrida por cada um dos seis objetos?

a) 5,8 s e 11,5 m             b) 11,5 s e 5,8 m
c) 10,0 s e 20,0 m           d) 20,0 s e 10,0 m
e) 20,0 s e 40,0 m

Resolução:

Devido a simetria os objetos estarão, em qualquer instante, nos vértices de um hexágono, de lado cada vez menor, até atingir o centro. A componente da velocidade de cada objeto na direção radial é constante e é dada por: 


VR = V.cos 60° =>
VR = 2,00.0,5 m/s = 1,00 m/s 

                       
O intervalo de tempo do encontro é calculado lembrando que com velocidade
VR cada objeto percorre a distância R:

VR = Δs/Δt = R/Δt => 1,00 = 10,0/Δt => Δt = 10,0 s

Sendo a  velocidade V = 2,00m/s e o intervalo de tempo do encontro
Δt = 10,0 s, concluímos que cada objeto percorre, até o instante do encontro, a distância:

D = V.
Δt => D = 2,00m/s.10,0s => D = 20,0 m

Resposta: c

Leis de Newton. Recordação para o ENEM

Subindo em MU

Um bloco A de massa 10 kg a esta inclinado a 45° do solo sobre um plano e ligado por um fio e uma roldana na ponta a um bloco B, de massa 15 kg, pendurado na vertical. Qual é o coeficiente de atrito entre a superfície em contato do corpo A com o plano, para que o corpo se desloque em movimento uniforme? 
Observação g = 10 m/s/s, o peso do fio, o atrito no eixo da roldana e sua massa são despreziveis.


Resolução:

Colocando as forças que atuam nos blocos, temos:


O bloco apoiado sobre o plano tende a subir, portanto a força de atrito que nele atua tem sentido para baixo. Sabendo que o bloco sobe em movimento uniforme, temos:


Da resultante nula:

Fat + 50√2 = 150
Fat = 150 - 50√2
Fat = 50.(3-√2)
Fat = μ.FN => 50.(3-√2) = μ.50.√2 => μ ≅ 1,12

Resposta: μ ≅ 1,12

terça-feira, 25 de junho de 2013

Cursos do Blog - Termologia, Óptica e Ondas

18ª aula
Termodinâmica (III)

Borges e Nicolau

Resumo das aulas anteriores: 





Segunda Lei da Termodinâmica

Considere, por exemplo, um gás sofrendo uma expansão isotérmica AB.

Clique para ampliar

Nesta transformação a variação de energia interna é nula (ΔU = 0).
O gás realiza um trabalho τ às custas da quantidade de calor Q recebida. De fato, pela Primeira Lei da Termodinâmica (Q = τ + ΔU), resulta Q = τ. Embora prevista pela Primeira Lei (que trata da conservação da energia), esta transformação integral de calor em trabalho jamais ocorrerá. As condições para que tal transformação aconteça são impostas pela Segunda Lei da Termodinâmica.

Entre os vários enunciados da Segunda Lei vamos apresentar o proposto por Max Planck e Lord Kelvin, que determina as condições de funcionamento das máquinas térmicas que são os dispositivos que efetuam a conversão de calor em trabalho: 
"É impossível construir uma máquina, operando em ciclos, tendo como único efeito retirar calor de uma fonte e convertê-lo integralmente em trabalho".
Nicolas Leonard Sadi Carnot evidenciou que para uma máquina térmica funcionar era fundamental a existência de uma diferença de temperatura. Ele estabeleceu que:

Na conversão de calor em trabalho de modo contínuo, a máquina  deve operar em ciclos entre duas fontes térmicas, uma fonte quente e uma fonte fria.
Em cada ciclo, a máquina retira uma quantidade de calor Q1 da fonte quente, que é parcialmente convertida em trabalho τ, e rejeita para a fonte fria a quantidade de calor Q2 que não foi convertida.

Esquematicamente:

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Exemplo: o motor a explosão de um automóvel.

A fonte quente corresponde à câmara de combustão onde a faísca da vela inflama o vapor do combustível. Em cada ciclo, é produzida uma quantidade de calor
Q1 a uma temperatura elevada (T1). Parte dessa energia se converte no trabalho τ, que é a energia útil que move o veículo. A quantidade de calor Q2, que não se converteu, é rejeitada para a fonte fria (o ar atmosférico), que se mantém numa temperatura relativamente mais baixa (T2).

Funcionamento do motor a explosão. Clique aqui
x

Rendimento η de uma máquina térmica

É o quociente entre a energia útil obtida em cada ciclo (o trabalho
τ) e a energia total fornecida pela fonte quente (a quantidade de calor Q1).
Sendo τ = Q1 - Q2, resulta:


Ciclo de Carnot

É um ciclo teórico constituído por duas transformações isotérmicas nas temperaturas T1 e T2, respectivamente das fontes quente e fria, alternadas com duas transformações adiabáticas.

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AB: expansão isotérmica à temperatura T1 (fonte quente). Nesta transformação o gás recebe a quantidade de calor Q1 
BC: é a expansão adiabática, na qual a temperatura diminui para
T2   
CD: compressão isotérmica à temperatura
T2 (fonte fria). Nesta transformação o gás cede a quantidade de calor Q2 
DA: compressão adiabática na qual a temperatura aumenta para
T1.
O trabalho obtido por ciclo corresponde à área interna dele.
No ciclo de Carnot a relação Q
2/Q1 é igual a T2/T1. Assim, o rendimento de uma máquina térmica operando com o ciclo de Carnot é dado por:
Importante: o máximo rendimento teoricamente possível de uma máquina térmica funcionando entre as duas temperaturas T1 e T2, das fontes quente e fria, é quando opera segundo o ciclo de Carnot.

Exercícios básicos

Exercício 1:
Uma máquina térmica recebe da fonte quente, em cada ciclo, uma quantidade de calor de 400 cal e rejeita 320 cal para a fonte fria. Determine:

a) o trabalho que a máquina realiza em cada ciclo. Dê a resposta em joules.
b) o rendimento da máquina em questão.
Dado: 1 cal = 4,18 J


Resolução: clique aqui

a) τ = Q1 - Q2 = 400 cal - 320 cal = 80 cal = 80.4,18 J => τ = 334,4 J 
b)
η = τ/Q1 = 80/400 => η = 0,20 = 20%

Respostas:
a) 334,4 J

b) 0,2 (20%)

Exercício 2:
Uma máquina térmica recebe da fonte quente, em cada ciclo, uma quantidade de calor de 2000 J. Sabendo-se que o rendimento da máquina é de 10 %, determine:

a) o trabalho que a máquina realiza em cada ciclo.
b) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria.


Resolução: clique aqui

a) η = τ/Q1 => 0,10 = τ/2000 => τ = 200 J
b)
τ = Q1 - Q2 => 200 = 2000 - Q2 => Q2 = 1800 J

Respostas:
a) 200 J

b) 1800 J

Exercício 3:
Considere uma máquina térmica teórica funcionando segundo o ciclo de  Carnot entre as temperaturas de 327 °C e 127 °C, apresentando um trabalho útil de 800 J por ciclo. Determine, para essa máquina teórica:

a) o rendimento
b) a quantidade de calor que, em cada ciclo é retirada da fonte quente
c) a quantidade de calor rejeitada por ciclo para a fonte fria.


Resolução: clique aqui

a)
T1 = 273 + 327 => T1 = 600 K
T2 = 273 + 127 => T2 = 400 K
η = 1 - T2/T1 => η = 1 - 400/600 => η = 1/3 = 0,33 = 33%

b)
η = τ/Q1 => 1/3 = 800/Q1 => Q1 = 2400 J

c) 
τ = Q1 - Q2 => 800 = 2400 - Q2 => Q2 = 1600 J

Respostas:
a) 0,33 (33%)
b) 2400 J
c) 1600 J
 

Exercício 4:
É possível construir uma máquina térmica, operando entre as temperaturas de 400 K e 300 K, que forneça 800 J de trabalho útil, retirando 2000 J da fonte quente?

Resolução: clique aqui  

O rendimento da máquina seria:

η = τ/Q1 => η = 800/2000 => η = 0,40 = 40%

O rendimento, se a máquina operasse segundo o ciclo de Carnot, seria:


η = 1 - T2/T1 => η = 1 - 300/400 => η = 1/4 = 0,25 = 25%

Sabendo-se que o máximo rendimento teoricamente possível de uma máquina térmica funcionando entre as duas temperaturas
T1 e T2, das fontes quente e fria, é quando opera segundo o ciclo de Carnot, concluímos que não é possível construir a máquina térmica descrita.

Resposta: Não, pois o rendimento seria maior do que o dado pelo ciclo de Carnot


Exercício 5:
Qual deveria ser a temperatura da fonte fria para que uma máquina térmica, funcionando segundo o ciclo de Carnot, tivesse rendimento de 100 %? Esta temperatura é atingível na prática? Tal máquina contraria a Segunda Lei da Termodinâmica? Explique.

Resolução: clique aqui 

De η = 1 - T2/T1 e sendo  η = 1 = 100%, resulta: T2 = 0 K

Esta temperatura é inatingível na prática. Contraria a Segunda Lei pois teríamos a transformação integral de calor em trabalho.

Resposta: 0 K é inatingível na prática. Contraria a Segunda Lei.


Exercícios de revisão

Revisão/Ex 1:
(PUC-RS)
O Segundo Princípio da Termodinâmica pode ser enunciado da seguinte  forma: “Nenhuma máquina térmica, operando em ciclo, pode transformar em _______ todo o __________ a ela fornecido”.

a) calor - trabalho        
b) trabalho - calor        
c) força - calor
d) força - impulso
e) trabalho - impulso


Resolução: clique aqui

Nenhuma máquina térmica, operando em ciclo, pode transformar em trabalho todo o calor a ela fornecido”.

Resposta: b


Revisão/Ex 2:
(UFRGS)
Uma máquina térmica ideal opera recebendo 450 J de uma fonte de calor e liberando 300 J no ambiente. Uma segunda máquina térmica ideal opera recebendo 600 J e liberando 450 J. Se dividirmos o rendimento da segunda máquina pelo rendimento da primeira máquina, obteremos:

a) 1,50.          b) 1,33.          c) 1,00.          d) 0,75.          e) 0,25.


Resolução: clique aqui

τ = Q1 - Q2 = 450J - 300J = 150 J
η1 = τ/Q1 = 150/450 => η1 = 1/3

τ = Q1 - Q2 = 600J - 450J = 150 J
η2 = τ/Q1 = 150/600 => η2 = 1/4

η2/η1 = (1/4)/(1/3) = 3/4 = 0,75

Resposta: d

Revisão/Ex 3:
(UFC-CE)
A figura a seguir mostra um ciclo de Carnot, representado no diagrama p-V.



Se no trecho b
→c, desse ciclo, o sistema fornece 60 J de trabalho ao meio externo, então é verdade que, nesse trecho:

a) o sistema recebe 60 J de calor e sua energia interna diminui.
b) o sistema recebe 60 J de calor e sua energia interna não varia.
c) o sistema rejeita 60 J de calor e sua energia interna não varia.
d) não há troca de calor e sua energia interna aumenta de 60 J.
e) não há troca de calor e sua energia interna diminui de 60 J.


Resolução: clique aqui

No trecho b→c o gás realiza uma expansão adiabática. Não há troca de calor. O sistema realiza trabalho sobre o meio exterior (60J), às custas da diminuição de sua energia interna (de 60J).

Resposta: e


Revisão/Ex 4:
(ITA-SP)
Uma máquina térmica reversível (máquina de Carnot) opera entre dois reservatórios térmicos de temperaturas 100 °C e 127 °C, respectivamente, gerando gases aquecidos para acionar uma turbina. A eficiência dessa máquina é melhor representada por

a) 68%.      b) 6,8%.      c) 0,68%.        d) 21%.      e) 2,1%.


Resolução: clique aqui

T1 = 273 + 127 => T1 = 400 KT2 = 273 + 100 => T2 = 373 Kη = 1 - T2/T1 => η = 1 - 373/400 => η = 0,068 = 6,8 %

Resposta: b


Revisão/Ex 5:
(UFLA-MG)
Uma empresa propõe construir um motor térmico projetado para operar entre dois reservatórios de calor, sendo o quente à temperatura
T1 = 1.600 K e o frio a T2 = 400 K. O projeto prevê, para o motor, uma potência de 4 cv, com absorção de 1.480 cal/s do reservatório quente. 
Dados: 1 cv = 740 W e 1 cal = 4 J.

a) Calcule o rendimento do referido motor.
b) Calcule o rendimento de um motor de Carnot, operando entre os mesmos reservatórios de calor.
c) O motor proposto é viável teoricamente? Justifique sua resposta.


Resolução: clique aqui

a) Quantidade calor retirada da fonte quente por segundo:
1480 cal/s = 1480 x 4J/s = 5920 W
Potencia útil do motor térmico:
4 cv = 4.740 W = 2960 W
Rendimento do motor: 
ηmotor = 2960/5920 = 0,5 = 50 %
 
b) Rendimento do motor de Carnot:
 ηCarnot = 1 - T2/T1 => ηCarnot = 1 - 400/1600 =>
ηCarnot = 0,75 = 75 %
 
c) Sim. O motor proposto é viável teoricamente pois seu rendimento é inferior ao rendimento máximo dado pelo ciclo de Carnot.

Respostas:
a) 50 %
b) 75 %
c) Sim, o motor é viável.

Cursos do Blog - Eletricidade

18ª aula
Resistores. Lei de Ohm. Curvas características

Borges e Nicolau

Resistor é um elemento de circuito que consome energia elétrica e a transforma em energia térmica. Dizemos que um resistor dissipa energia elétrica.

Os resistores são utilizados como aquecedores em chuveiros elétricos, torneiras elétricas, ferros de passar roupa, torradeiras elétricas, etc. Eles são também usados para limitar a intensidade da corrente elétrica que passa por determinados componentes eletrônicos. É claro que nestas utilizações a finalidade não é dissipar energia elétrica, como ocorre nos aquecedores. 

Veremos que a principal propriedade física dos resistores é a resistência elétrica (R). Os resistores são representados pelo símbolo:


Lei de Ohm

Aplicando-se a um resistor uma ddp U ele é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i.

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Georg Simon OHM verificou que existem resistores para os quais dobrando-se o valor de U, dobra o valor de i. Triplicando-se U, triplica i e assim por diante. Isto é, U e i são grandezas diretamente proporcionais.

Podemos escrever: U = R.i

R é uma constante de proporcionalidade característica do resistor.

Se aplicarmos a mesma ddp U para diversos resistores, será percorrido por corrente elétrica de menor intensidade aquele que possui maior valor de R. Por isso é que R recebe o nome de resistência elétrica do resistor. A resistência elétrica mede a dificuldade que o resistor oferece à passagem da corrente elétrica.

Podemos então enunciar a Lei de Ohm:

Mantida a temperatura constante, a ddp aplicada a um resistor é diretamente proporcional à intensidade da corrente elétrica que o atravessa.
U = R . i
Unidades no SI:

U => volt (V)
R => ohm (Ω)
i => ampère (A)

Os resistores que obedecem a Lei de Ohm são denominados resistores ôhmicos.

Gráfico U x i (curva característica)

Para um resistor ôhmico o gráfico da ddp U em função da intensidade da corrente elétrica i é uma reta inclinada em relação aos eixos passando pela origem:

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Animação:
Lei de Ohm - Resistência elétrica
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Exercícios básicos

Exercício 1:
A resistência elétrica de um resistor ôhmico é R = 10 Ω. Aplica-se ao resistor uma ddp U = 6 V. Qual é a intensidade da corrente que o atravessa. Dê a resposta em mA (m: mili).

Resolução: clique aqui

U = R.i => 6 = 10.i => i = 0,6 A = 600 mA

Resposta: 600 mA


Exercício 2:
É dada a curva característica de um resistor ôhmico.
Determine a resistência elétrica do resistor e os valores de X e Y.

Resolução: clique aqui

U = R.i => 20 = R.2,0 => R = 10 Ω
U = R.i => 12 = 10.X => X = 1,2 A
U = R.i => Y = 10.3,6 => Y = 36 V 

Respostas: 10 Ω; 1,2 A; 36 V  

Exercício 3:
Em dois resistores A e B são aplicadas diversas ddps U e medidas as correspondentes intensidades de corrente i. Os dados são apresentados na tabela abaixo:


Pode-se afirmar que:

a) Somente o resistor A é ôhmico;
b) Somente o resistor B é ôhmico;
c) A e B são ôhmicos;
d) A e B não são ôhmicos;
e) Para os resistores A e B a ddp U não é proporcional à intensidade de corrente i.

Resolução: clique aqui

Para os resistores ôhmicos a resistência elétrica R é constante, isto é U é diretamente proporcional a i. Isto significa que dobrando U o valor de i dobra; triplicando U, i triplica e assim por diante. Isto ocorre para o resistor B da tabela. Outra maneira é calcular os quocientes U/i e verificar qual se mantêm constante.

Resposta: b
 

Exercício 4:
Dos gráficos abaixo, quais representam um resistor ôhmico?


a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) I, II e III
e) Nenhum deles.

Resolução: clique aqui

Para os resistores ôhmicos U é diretamente proporcional a i, isto é, R é constante. Assim, o gráfico U x i é uma reta inclinada em relação aos eixos e passando pela origem. O gráfico R x i é uma reta paralela ao eixo dos valores de i.

Resposta: a


Exercício 5:

Código de cores

O valor da resistência elétrica de um resistor pode vir expresso por meio de faixas coloridas. A primeira faixa é o primeiro algarismo do valor da resistência; a segunda faixa é o segundo algarismo do valor da resistência; a terceira faixa é o expoente da potência de 10 que deve multiplicar o par de valores obtidos anteriormente; a quarta faixa (prateada ou dourada) é a imprecisão ou tolerância do valor da resistência obtido.


Clique para ampliar

Considere os resistores R1 e R2 abaixo:

Clique para ampliar

Os valores de R1 e R2 são, respectivamente, iguais a:

a) 1000 Ω e 500 Ω 
b) 1250 Ω e 1000 Ω 
c) 1000 Ω e 250 Ω 
d) 250 Ω e 1200 Ω 
e) 500 Ω e 250 Ω

Resolução: clique aqui

Marrom: 1; Preto: 0; vermelho: 2 => R1 = 10.102 Ω => R1 = 1000 Ω
Vermelho: 2; Verde: 5; marrom: 1 => R2 = 25.101 Ω => R2 = 250 Ω

Resposta: c 
 
Exercícios de revisão

Revisão/Ex 1:
(UESPI)
Em um laboratório, foram realizados ensaios elétricos com um fio condutor, submetendo-o a diversas voltagens. A tabela seguinte apresenta os valores dessas voltagens (UAB) e da intensidade de corrente elétrica (i) correspondente, estabelecida no condutor:



A resistência elétrica desse condutor tem um valor em
Ω, igual a:

a) 0,30     b) 300     c) 30     d) 100     e) 4,4


Resolução: clique aqui

Da tabela observamos que a relação U/i é constante e, portanto, o resistor é ôhmico.
De  U = R.i => 1,5 V = R. 5,0.1
0-3 A => R = 300 Ω 

Resposta: b

Revisão/Ex 2:
(UEL-PR)
Três condutores X, Y e Z foram submetidos a diferentes tensões U e, para cada tensão, foi medida a respectiva corrente elétrica I, com a finalidade de verificar se os condutores eram ôhmicos. Os resultados estão na tabela que segue:




De acordo com os dados da tabela, somente:

a) o condutor X é ôhmico;
b) o condutor Y é ôhmico;
c) o condutor Z é ôhmico;
d) os condutores X e Y são ôhmicos;
e) os condutores X e Z são ôhmicos.


Resolução: clique aqui

Para os resistores ôhmicos a resistência elétrica R é constante, isto é U é diretamente proporcional a i. Isto significa que dobrando U o valor de i dobra; triplicando U, i triplica e assim por diante. Outra maneira é calcular os quocientes U/i e verificar qual se mantêm constante.
Isto ocorre para os resistores X e Z da tabela. 


Resposta: e

Revisão/Ex 3:
(UEM-PR)
O gráfico a seguir representa o comportamento da corrente que atravessa um resistor, em função da ddp a ele aplicada.



Nessas condições, assinale o que for correto:

(01) Este resistor não obedece à Lei de Ohm.
(02) Quando a corrente for de 0,4 A, a ddp aplicada no resistor será de 25 volts.
(04) A resistência do resistor tem dimensões de volt x coulomb/segundo.
(08) Quando a corrente for de 0,2 A e percorrer este resistor por 2 segundos, então, a potência será de 4 watts.
(16) A quantidade de energia dissipada pelo resistor, em qualquer tempo, será constante e igual a 200 joules/segundo.
(32) Quando a corrente elétrica for de 0,2 A, a resistência elétrica do resistor será de 50
Ω.
Dê como resposta  a soma dos números que  precedem as afirmativas corretas.


Resolução: clique aqui

(01) Incorreta. O resistor obedece a Lei de ohm pois O gráfico U x i é uma reta inclinada em relação aos eixos e passando pela origem.
(02) Incorreta. Para i = 0,4 A, temos U = 20 V.
(04) Incorreta. R = U/i => dimensão de R = volt/ampère = volt/(coulomb/segundo) = volt.segundo/coulomb.
(08) Incorreta. Para i = 0,2 A, temos U = 10 V.  De P = U.i, vem: P = 2 watts.
(16). Incorreta. A energia dissipada depende do tempo de funcionamento.
(32) Correta. Do gráfico tiramos para i = 0,2 A corresponde U = 10 V. 

De U = R.i, vem: 10 = R.0,2 => R = 50 Ω.
 
Resposta: 32


Revisão/Ex 4:
(UFV-MG)
Com base no gráfico "diferença de potencial (U) versus corrente (i) para um resistor", afirmou-se que o resistor:



I. É ôhmico.
II. Apresenta uma resistência de 50
Ω para uma corrente de 0,2 A.
III. Apresenta uma resistência de 90
Ω para uma diferença de potencial de 30 V.

Assinale a alternativa correta:

a) Todas as afirmativas são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
d) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
e) Apenas a afirmativa I é verdadeira.


Resolução: clique aqui

I. Incorreta. O resistor não é ôhmico pois o gráfico U x i não é uma reta inclinada passando pela origem.
II. Correta. Do gráfico tiramos para i = 0,2 A corresponde U = 10 V.
De U = R.i, vem: 10 = R.0,2 => R = 50
Ω.
III. Incorreta. Do gráfico tiramos: para U = 30 V resulta i = 0,3 A.
De U = R.i, vem: 30 = R.0,3 => R = 100
Ω.
 
Resposta: d


Revisão/Ex 5:
(Uniube-MG)
Nos resistores de carvão vêm impressas várias faixas coloridas que determinam o seu valor. Elas obedecem ao seguinte código: a primeira faixa colorida da esquerda representa o primeiro algarismo; a segunda faixa colorida da esquerda representa o segundo algarismo; a terceira faixa colorida da esquerda representa a potência de 10, pela qual deve ser multiplicado o número formado pelos dois algarismos anteriormente identificados. Existe ainda, para muitos resistores, uma quarta faixa que corresponde à tolerância do fabricante. Dado o código de cores para resistores de carvão em ohms:



No laboratório foi montado o circuito:


O gráfico que melhor ilustra o experimento com este resistor ôhmico é:



Resolução: clique aqui

De acordo com o código a resistência elétrica do resistor é R = 10.101 Ω = 100 Ω.
Para U = 5 V, temos: U = R.i => 5 = 100.i => i = 0,05 A. Portanto, o gráfico que melhor ilustra o experimento com este resistor ôhmico é o da alternativa (D).

Resposta: D