domingo, 31 de março de 2013

Arte do Blog

A Conversão de São Paulo Malfi, 1995

Julian Schnabel

Julian Schnabel nasceu em Nova York, no Brooklyn, em 1951. Sua primeira exposição individual foi no Museu de Arte Contemporânea, em Houston, em 1975.

Ethnic-14 

Desde então, seu trabalho tem sido exibido em instituições de renome em todo o mundo, incluindo a Tate Gallery, Londres (1983), o Museu Whitney de Arte Americana (1987), Casa Inverleith (2003); Kunsthalle Schirn Frankfurt e Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid (ambos de 2004); Mostra d'Oltramare, Nápoles (2005); Schloss Derneburg, Alemanha, Tabacalera Donostia, em San Sebastian, e O Mundo Museu de Arte de Pequim, China (todos de 2007) e na Galeria de Arte de Ontário, Toronto (2010).

Sylvie-1987

Seu trabalho está incluído nos principais museus internacionais e coleções particulares, como o Metropolitan Museum of Art, o Museu de Arte Moderna, o Museu Guggenheim, o Museu Whitney de Arte Americana, o Museu de Arte Contemporânea, e da Fundação de Arte Broad, Los Angeles; Reina Sofia, Madrid, e do Centro Georges Pompidou, Paris.

Untitled (Chinese Painting)

A carreira de Schnabel, mítica e muitas vezes controversa está enraizada em sua capacidade de se transformar e mudar usando uma vasta alquimia de fontes e materiais, desafiando as noções de moderação, racionalidade e ordem. Sua atitude barroca está incorporada em pinturas audaciosamente elaboradas que, ao longo do tempo combinaram pintura a óleo e técnicas de colagem, elementos pictóricos clássicos inspirados pela arte histórica e recursos neo-expressionistas, abstração e figuração.

Tina in a Matador Hat (detail), 1987

Saiba mais aqui e aqui

sábado, 30 de março de 2013

Dica de Mestre

Qual é o segredo?

Tenho acompanhado em meu dia a dia a assiduidade e o desempenho de nossos alunos do terceiro ano do ensino médio e do curso pré-vestibular. Observo muito a participação deles nos exames simulados, que são provas para treinamento feitas nos moldes do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e dos vestibulares das grandes universidades.


Concluo que aqueles alunos que estão presentes em todas os exames e com um nível de desempenho crescente, mês após mês – já se pode imaginar – estarão citados nas listas de aprovação das faculdades de ponta do Brasil. E essas previsões quase nunca falham.

Além disso, ao analisar a performance desses alunos, percebo ainda que esse caráter inerente a eles – de disciplina e empenho – tem origem nos primórdios da vida estudantil. Há sempre por trás de cada um deles um histórico de excelência nos ensinos fundamental e médio, respaldado, na maioria dos casos, por pais conscientes e participativos que buscam para seus filhos uma educação verdadeiramente de qualidade.

Mas, qual é o segredo para o sucesso nesse ano de preparação para o ENEM e os vestibulares?


Ter aulas com uma equipe de professores qualificados e motivados; utilizar um material didático completo e eficiente... Estas são, certamente, condições primordiais.  Mas, o esforço do aluno, estudando e se dedicando, isto sim, é essencial!

O ingresso em uma universidade reconhecida é uma vitória de todos: escola, família, amigos, mas, acima de tudo, é uma conquista pessoal. É um mérito próprio que alça o indivíduo a patamares de destaque na pirâmide social brasileira.

Mas, o que fazer durante essa fase de preparação?

Ter, além do período de aulas, uma rotina sistemática de estudo em casa. E esse tempo de estudo individual deve ser crescente ao longo dos meses, acentuando-se nas semanas finais que antecedem as provas.

A frequência às aulas também é fundamental.  Perder aulas implica perder a sequência da matéria, sobretudo quando falamos de cursos pré-vestibulares, que desenvolvem em menos de um ano todo o conteúdo programático do ensino médio. A atenção em cada aula, acompanhando-se detidamente a exposição do professor e esclarecendo-se as dúvidas, é um fator que permite assimilar de modo mais rápido a matéria, simplificando-se as seções posteriores de estudo.

Dedicar-se às disciplinas que se tem maior dificuldade sem, obviamente, deixar de estudar as demais.

Participar de todas as atividades didáticas do colégio (ou cursinho), como plantões de dúvidas, aulas de aprofundamento, laboratório de redação, atualidades, análise de livros de literatura pedidos nos vestibulares, além de revisões finais de todo o conteúdo. Tudo isso faz a diferença.

E encarar o que for proposto com humildade, sem o sentimento arrogante de que já se domina este ou aquele assunto: “Ah, isso aí eu já sei...” Há sempre o que aprender e os pequenos detalhes, muitas vezes, podem ser o elemento de decisão – aquele “pontinho” a mais.


Esses são os ingredientes que, se devidamente levados em conta, constituem a chave para o sucesso.

Este é um ano especial para os alunos que vão prestar o ENEM e os vestibulares mais concorridos. Deve ser, portanto, um ano realmente diferente, de muita dedicação, disciplina e estudo.
Eis o segredo.

Afinal, o jovem está se preparando para seu primeiro salto autônomo; o grande salto rumo à vida adulta e à atividade profissional.

"Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer." (Albert Einstein)

Prof. Nicolau Gilberto Ferraro

Especial de Sábado

Ganhadores do Premio Nobel de Física

Borges e Nicolau
x
1998
Robert B. Laughlin, Horst L. Störmer e Daniel C. Tsui pelas descoberta de uma nova forma de fluido quântico com excitabilidade fracionada.

Robert B. Laughlin (1950), físico estadunidense; Horst L. Störmer (1949), físico alemão; e Daniel C. Tsui (1939), físico chinês

O elétron em pedaços: A descoberta que ganhou o Prêmio Nobel

Sob certas condições, as partículas materiais atuam como se um único elétron se quebrasse em três partes

Por José Tadeu Arantes
Ilustrações luiz fernando martini
Inglaterra, 1887: o físico Joseph John Thomson descobre o elétron, um dos minúsculos componentes do átomo. Nos cem anos seguintes, numerosos experimentos convencem a maioria dos cientistas de que o elétron não é formado por partes menores nem possui qualquer estrutura interna. O homem parecia ter chegado a uma partícula realmente elementar, uma fronteira final na divisão e subdivisão da matéria. Suécia, 1998: a Real Academia de Ciências premia, com o Nobel de Física, os cientistas responsáveis pela descoberta de que, em determinadas condições, a matéria se comporta como se o elétron se dividisse em três ou mais fragmentos, cada qual carregando uma fração de sua carga elétrica.

Os premiados são o americano Robert Laughlin, o alemão Horst Störmer e o chinês Daniel Tsui, hoje ligados aos departamentos de física de três grandes universidades americanas: Stanford, Columbia e Princeton, respectivamente. Eles mostraram que, em temperaturas próximas do zero absoluto (cerca de -273ºC) e na presença de campos magnéticos extremamente poderosos, os elétrons deixam de atuar como partículas individuais e passam a ter um comportamento coletivo, formando um fluido quântico que apresenta as mais estranhas características (leia o quadro "Mundo fluido", ao lado). Uma delas é a aparente presença de "quase-partículas", semelhantes a fragmentos de elétrons, com cargas iguais a um terço (1/3), um quinto (1/5) ou frações ainda menores da carga do elétron.
Continue lendo, clique aqui. 
Próximo Sábado: Ganhadores do Premio Nobel de 1999:Gerardus 't Hooft e Martinus J. G. Veltman, por elucidar a estrutura quântica das interações eletro-fracas na física.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Cursos do Blog - Termologia, Óptica e Ondas

6ª aula
Calorimetria (II)

Borges e Nicolau

Vamos recordar a aula da semana passada.
Equação fundamental da calorimetria

Um corpo de massa m recebe uma quantidade de calor sensível Q e sofre uma variação de temperatura Δθ = θ2 - θ1. Verifica-se, por meio de experiências, que Q é diretamente proporcional a m e à variação de temperatura Δθ:

Q = m.c.Δθ

c é um coeficiente de proporcionalidade que caracteriza a substância que constitui o corpo e é denominado calor específico sensível.

O calor específico (c) de uma substância mede numericamente a quantidade de calor que faz variar em 1 ºC a temperatura da massa de 1 g da substância.

Unidade usual: cal/g.ºC

Δθ = θ2 - θ1

Aumento de temperatura
θ2 > θ1 => Δθ > 0 => Q > 0: calor recebido

Diminuição de temperatura
θ2 < θ1 => Δθ < 0 => Q < 0: calor cedido

Capacidade térmica (C) de um corpo

Mede numericamente a quantidade de calor que faz variar de 1 ºC a temperatura do corpo.

C = Q/Δθ ou C = m.c

Unidade usual: cal/ºC

O equivalente em água de um corpo é a massa de água cuja capacidade térmica é igual à do corpo.
O calorímetro é um recipiente onde costumam ser colocados os corpos em experiências de trocas de calor.
Os calorímetros devem ser isolados termicamente do ambiente e apresentar baixa capacidade térmica.

Princípio geral das trocas de calor

Se dois ou mais corpos trocam calor entre sí, a soma algébrica das quantidades de calor trocadas pelos corpos, até o estabelecimento do equilíbrio térmico, é nula.

QA + QB + QC +... = 0

Exercício resolvido:


Um estudante misturou num calorímetro 20 g de um líquido A, de calor específico 0,056 cal/g.ºC, a 160 ºC, com 28 g de um líquido B, de calor específico 1,0 cal/g.ºC, a 30 ºC. Supondo que não houve troca de calor entre os líquidos e o calorímetro, qual foi a temperatura de equilíbrio térmico θf registrada pelo estudante?

Resolução:

Do Princípio geral das trocas de calor:

QA + QB = 0

mA.cA.ΔθA + mB.cB.ΔθB = 0
20.0,056.(θf - 160) + 28.1,0.(θf - 30) = 0
1,12.(θf - 160) + 28.(θf - 30) = 0
1,12.θf - 179,2 + 28.θf - 840 = 0
29,12.θf - 1019,2 = 0

θf = 35 ºC

Exercícios básicos

Exercício 1:
Num recipiente de capacidade térmica 200 cal/ºC, coloca-se 500 g de água a
20 ºC e a seguir um bloco de cobre de massa 1000 g a 100 ºC. Calcule a temperatura final de equilíbrio térmico. Admita trocas de calor apenas entre o recipiente, a água e o cobre.

Dados:
calor específico da água: 1,0 cal/g.ºC
calor específico do cobre: 0,094 cal/g.ºC

Resolução: clique aqui

Qrecipiente + Qágua + Qbloco = 0 => C.Δθ + (m.c.Δθ)água + (m.c.Δθ)bloco = 0 =>
200.(θf - 20) + 500.1,0.(θf - 20) + 1000.0,094.(θf - 100) = 0
794.θf = 23400 => θf 29,5 ºC

Resposta: 29,5 ºC

Exercício 2:
Num calorímetro de capacidade térmica 20 cal/ºC e a 20 ºC, colocam-se 40 g de água a 80 ºC. Sendo 1,0 cal/g.ºC o calor específico da água, determine a temperatura final de equilíbrio térmico.

Resolução: clique aqui

Qcalorímetro + Qágua = 0 => C.Δθ + (m.c.Δθ)água = 0 =>
20.(θf - 20) + 40.1,0.(θf - 80) = 0
60.θf = 3600 => θf = 60 ºC

Resposta: 60 ºC

Exercício 3:
Misturam-se massas diferentes (m1 e m2) de uma mesma substância, em temperaturas diferentes (θ1 e θ2). Prove que a temperatura final θ de equilíbrio é dada por:


Resolução:  clique aqui

(demonstração)
m1.c.(θ - θ1) + m2.c.(θ - θ2) = 0 =>
(m1 + m2).θ = m1.θ1 +m2.θ2 =>
θ = (m1.θ1 + m2.θ2)/(m1 + m2)
x
Exercício 4:
Misturam-se massas iguais (m1 = m2) de uma mesma substância, em temperaturas diferentes (θ1 e θ2). Prove que a temperatura final θ de equilíbrio é dada por:


Resolução:  clique aqui

(demonstração)
Fazendo no exercício anterior m1 = m2, resulta: θ = (θ1 + θ2)/2
x
Exercício 5:
Um calorímetro contém 100 g de água, estando o conjunto à temperatura ambiente de 25 ºC. Coloca-se no calorímetro mais 100 g de água a 45 ºC. Estabelecido o equilíbrio térmico, é atingida a temperatura final de 30 ºC. Qual é a capacidade térmica do calorímetro? É dado o calor específico da água: 1,0 cal/g.ºC


Resolução: clique aqui

Qcalorímetro + Qágua1 + Qágua2 = 0 => C.Δθ + (m.c.Δθ)água1 + (m.c.Δθ)água2 = 0 =>
C.(30 - 25) + 100.1,0.(30 - 25) + 100.1,0.(30 - 45) = 0
5.C = 1000 => C = 200 cal/ºC

Resposta: 200 cal/ºC

Exercícios de revisão

Revisão/Ex 1:
(UFPE)
Uma bebida refrescante pode ser obtida pela mistura de chá quente com água gelada. Qual a temperatura final (em °C) de uma mistura preparada a partir de 100 g de chá a 80 °C com 400 g de água a 5,0 °C? Considere o calor específico do chá igual ao da água (1,0 cal/g.°C).
 

a)  12          b)  14          c)  16          d)  18          e)  20

Resolução: clique aqui

Qchá + Qágua = 0 => mchá.cchá.Δθchá + mágua.cágua.Δθágua = 0
100.(θf - 80) + 400.(θf - 5,0) = 0
θf = 20 ºC 

Resposta: e

Revisão/Ex 2:
(Unifor–CE)
Deseja-se obter água morna a 36 °C, misturando-se certa massa
mQ de água quente a 64°C com a massa mF de água fria a 12 °C.
Desprezando-se trocas de calor com o recipiente e com o ar, a razão
mQ/mF vale:
 

a) 2/3             b) 3/4             c) 4/5            d) 5/6            e) 6/7

Resolução: clique aqui

Qáguaquente + Qáguafria = 0 => mQ.cágua.Δθáguaquente + mF.cágua.Δθáguafria = 0
mQ.(36-64) + mF.(36-12) = 0
mQ/mF = 6/7 

Resposta: e

Revisão/Ex 3:
(UEFS)
O calorímetro é um aparelho utilizado em laboratórios para determinação do calor especíico das substâncias. Um estudante em um laboratório didático utilizou um calorímetro ideal para misturar 200,0 g de um líquido de calor específico 0,79 cal/g.ºC a 35 ºC, com uma amostra de metal desconhecido de massa 300,0 g, a 150 ºC.
Considerando-se que a temperatura de equilíbrio térmico foi de 40 ºC o calor específico da substância, em cal/g.ºC, é, aproximadamente, igual a

A) 0,02
B) 0,05
C) 0,8
D) 1,0
E) 1,5


Resolução: clique aqui

Qlíquido + Qmetal = 0 => 200,0.0,79.(40-35) + 300,0.cmetal.(40-150) = 0
cmetal 0,02 cal/g.ºC

Resposta: A

Revisão/Ex 4:
(Mackenzie–SP)
Um estudante no laboratório de física, por descuido, colocou 200 g de água líquida (calor específico 1 cal/g.ºC) a 100 ºC no interior de um calorímetro de capacidade térmica 5 cal/ºC, que contém 100 g de água a 20 ºC. A massa de água líquida a 0 ºC, que esse aluno deverá adicionar no calorímetro, para que a temperatura de equilíbrio volte a ser 20 ºC, é

a) 900 g                 b) 800 g)                 c) 700 g
d) 600 g                 e) 500 g


Resolução: clique aqui

Os 100 g de água líquida que estavam no calorímetro e o próprio calorímetro estão inicialmente a 20°C e no final estarão nesta mesma temperatura. Logo, a troca de calor ocorrerá entre os 200 g de água a 100°C e a massa de água líquida a 0°C.
Qáguaquente + Qáguafria = 0 => mQ.cágua.Δθáguaquente + mF.cágua.Δθáguafria = 0
200.(20-100) + mF.(20-0) = 0 => mF = 800 g

Resposta: b

Revisão/Ex 5:
(FGV)
Em um recipiente adiabático, contendo 2,0L de água (densidade = 1g/c
m3, calor específico = 1 cal/(g.ºC)), há uma barra metálica imersa, de capacidade térmica 1000 cal/ºC, que mede inicialmente 40,00 cm. O sistema recebe 150 kcal de uma fonte de calor e, ao fim do processo, a barra acusa uma dilatação linear de 0,01 cm.
O coeficiente de dilatação linear da barra vale, em 10
-6 . ºC-1,
 

a) 1,0.               b) 2,0.               c) 3,0.               d) 4,0.               e) 5,0.

Resolução: clique aqui

Vamos inicialmente calcular a variação de temperatura Δθ que o sistema água + barra sofre ao receber Q = 150 kcal:
Q =
Qágua + Qbarra =>
Q = m
água.cágua.Δθ + Cbarra.Δθ 
150.10
3 = 2000.1,0.Δθ + 1000.Δθ  Δθ = 50°C
Considerando a dilatação sofrida pela barra, podemos escrever:
 
ΔL = α.L0.Δθ => 0,01 = α.40,00.50 =>
α = 5,0.10-6 ºC-1
 

Resposta: e