domingo, 12 de setembro de 2010

Arte do Blog


O tempo de Dalí

Borges e Nicolau
Na obra do mestre do surrealismo, Salvador Dalí, o tempo é abordado com frequência, tanto nas pinturas como nas esculturas. Como acontece com o conjunto da obra firmemente alicerçada em símbolismos, há uma fina ironia na representação do relógio derretido da escultura acima.

Ironia que leva à reflexão, predicado de obras de arte que entram em ressonância com a sensibilidade humana.

Há quem faça conexão da abordagem de Dalí com a teoria de Einstein, que afirma ser o tempo relativo e não absoluto, como era compreendido nas concepções de Galileu e Newton.

Segundo o próprio Dalí a idéia teria surgido com a visão de um pedaço de queijo camembert derretendo em um dia quente de agosto, como costumam ser os dias desse mês na Espanha.

Dalí nasceu em 1904 e cresceu vivenciando as grandes mudanças científicas do século XX, sendo confrontado com o desvendar de coisas que jamais seriam percebidas pelos nossos sentidos e tampouco pelo senso comum.

Sua obra reflete esse tempo de descobertas e espanto. 

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