domingo, 16 de setembro de 2012

Arte do Blog

 La maja vestida

Goya

Francisco José de Goya y Lucientes nasceu em Fuendetodos, Saragoça, em 30 de março de 1746. Ainda jovem conseguiu uma bolsa na Real Academia de San Fernando em Madri. Goya é um pintor que percorre a pintura espanhola e europeia desde o neoclassicismo de fins do século XVIII até ao romantismo. Na sua produção, de uma extraordinária abundância, a originalidade e a variedade compensam com vantagem uma ou outra imperfeição. A sua arte vai evoluindo ao longo da vida.

El Tres de Mayo de 1808

Esquematicamente, pode dizer-se que Goya, partindo do rococó, se entrega à cor com fúria e liberdade e vai sucessivamente descobrindo a beleza dos tons de cinza e do negro total, sem com isso renunciar às cores intensas. Realista apaixonado, dá rédea solta a este impulso em quadros de grande riqueza expressiva, tais como O 3 de Maio de 1808 em Madrid, enquanto o contém e tempera nos seus cartões para tapeçarias, de ar mais rococó. Por outro lado, Goya cultiva magistralmente a pintura da imaginação, que dá passagem para o grotesco, para o fantástico e para o monstruoso da natureza humana.

Ní Así La Distingue

A partir de certa altura, Goya começa a padecer de uma doença que lhe provoca uma surdez progressiva. Começa então a isolar-se, a ensimesmar-se. Deixa de ver, como acontecera com os cartões, o lado agradável da humanidade, fixa-se nos seus defeitos, nos seus aspectos grotescos. Neste sentido, são características Os Caprichos, série de gravuras que revelam uma faceta ascética do artista que continua a manifestar-se até à sua morte. São também desta época os frescos de Santo António da Florida, nos quais se serve de um tema religioso para mostrar uma variedade de tipos populares. 

 Dois de maio

Quando se verifica a invasão napoleónica, Goya alia-se às hostes dos afrancesados. Nomeado pintor de José Bonaparte, retrata alguns generais franceses. Os acontecimentos desta guerra, cheia de horrores e de sangue, vão mais tarde inspirar-lhe duas das suas mais notáveis pinturas, O 3 de Maio e A Carga  dos Mamelucos. São obras transbordantes de um poderoso ímpeto interior e de uma ardente imaginação. Na série de gravuras Os Desastres da Guerra assomam novamente a veia pessimista e a acentuada expressividade, chegando esta a transformar-se numa forma particular de expressionismo.

 Casa de locos

Terminada a guerra e restituído o trono a Fernando VII, Goya continua a trabalhar na corte, mas quando, em 1823, se instala a monarquia absolutista, parte com muitos outros liberais espanhóis para França, instalando-se em Bordéus. É deste período final A Leiteira de Bordéus e outras obras extraordinárias, cujo exuberante cromatismo e poderosa técnica de pincel antecipam o impressionismo. Goya morreu em Bordéus, em 15 de abril de 1828.

 La Família de Carlos IV

Saiba mais aqui e aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário