domingo, 18 de setembro de 2011

Arte do Blog

 "Os burgueses de Calais". Metropolitan Museum of Art, New York. Foto: M.Z.Ferraro

Rodin

François-Auguste-René Rodin (1840 - 1917), escultor francês, foi o grande renovador da escultura europeia, aproximando-a dos objetivos e da estética da pintura do seu tempo. Formado nos cânones e regras do academismo romântico, admirou Miguel Ângelo cuja obra o influenciou no gosto pela figura humana. Rodin era sobretudo um excepcional modelador, já que esta técnica lhe permitia maior liberdade criativa. Como escultor, contrapôs as formas lisas, polidas e aveludadas dos corpos, ao bloco de pedra rugoso, inacabado e em bruto de onde saíam.

Em 1858, começou a fazer estátuas e esculturas ornamentais para serem colocadas em praças ou prédios públicos em Paris. Em 1880, Rodin foi encarregado, pelo governo francês, de criar uma grande porta para o Museu de Arte Decorativa, que seria construído em Paris. Grande admirador da obra de Dante, ele se inspirou no Inferno da Divina comédia. O museu não foi concluído, mas Rodin esculpiu muitas figuras que deveriam inserir-se na porta. A mais conhecida é "O pensador".

 "O pensador" - Auguste Rodin (1880/1902)

Rodin ganhou notoriedade enquanto trabalhava na porta para o museu. Várias pessoas começaram a se interessar por seu trabalho e ele teve de contratar assistentes. Uma delas, Camille Claudel, tornou-se sua amante. A relação tumultuada (Rodin já tinha uma companheira, Rose Beuret, com quem se casou no final da vida) durou 15 anos e influenciou o trabalho dos dois artistas. Rodin fez muitas obras inspiradas em Camille e diversas outras com casais apaixonados, como a famosa O beijo (1901-1904). 

Em 1884, ele aceitou outro projeto monumental, Os burgueses de Calais, que terminou em 1886. Por volta de 1900, Rodin era um escultor de renome e sua obra ganhou todo um pavilhão na importante Exposição Mundial de Paris.
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