domingo, 3 de julho de 2011

Arte do Blog

Georges Braque

Cubismo

Borges e Nicolau
A partir do início do século XX, para sermos mais precisos, entre 1907 e 1914, aconteceu na pintura uma revolução estética e técnica. Um movimento artístico teve a ousadia de propor o rompimento da arte com os parâmetros que vigoravam desde o Renascimento. Surge então o Cubismo, que de todos os movimentos artísticos deste século, é o mais marcante e que mais influência exerceu.

Foi o fim da ilusão de tridimensionalidade, os pintores passaram a achatar os objetos mostrando várias faces ao mesmo tempo. Formas geométricas, como cubos e cilindros, tornam-se parte da estrutura de figuras humanas e de outros objetos retratados. Vem daí o nome do movimento, Cubismo, batismo que continha, na época, algumas pitadas de ironia. 

No Brasil, influências do cubismo podem ser observadas em parte dos artistas reunidos no modernismo de 1922, em alguns trabalhos de Vicente do Rego Monteiro, Antonio Gomide e sobretudo na obra de Tarsila do Amaral. O aprendizado com André Lhote, Gleizes e, principalmente, com Léger surge com destaque nas tendências construtivas da obra de Tarsila, em especial na fase pau-brasil. A pintora vai encontrar em Léger, especialmente em suas "paisagens animadas", motivos ligados ao espaço da vida moderna - máquinas, engrenagens, operários das fábricas etc. - e o aprendizado de formas curvilíneas.

Não se pode mencionar o impacto do cubismo no Brasil sem lembrar ainda de parte das produções de Clóvis Graciano e de um segmento considerável da obra de Candido Portinari, evidente em termos de inspiração picassiana.

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