domingo, 15 de dezembro de 2013

Arte do Blog

O maneirismo foi uma movimento artístico que surgiu e se desenvolveu em Roma entre 1520 e 1610, contrapondo-se ao modelo vigente da antiguidade clássica. Uma característica marcante do movimento é a atenção aos detalhes. O artista que apresentamos hoje é o pintor e gravador Girolamo Francesco Maria Mazzola (Parmigianino), considerado o pai da água-forte italiana.
  
Retrato de uma mulher jovem, possivelmente a condessa Gozzadini

Parmigianino

Notável pintor e gravador italiano do século XVI, Francesco Mazzola nasceu em 1503, em Parma – daí ser conhecido por Parmigianino ou Parmigiano, vindo a falecer em 1540, em Casalmaggiore. Apesar de se conhecer pouco da sua educação, sabe-se que sofreu influências de Correggio e Rafael, como o demonstram as suas pinturas dos primeiros anos (afrescos na Igreja de S. João Evangelista de Parma). 

A Virgem e o menino

A partir de 1527, afirmou o seu estilo pessoal com obras como a Madonna de S. Petronio de Gamba, a Sagrada Família (Louvre), Sta. Catarina (Museu do Capitólio), Virgem (Palácio de Pitti) e Madonna dal Collo Lungo, que é uma das obras-primas do Maneirismo. 

Visão de São Girolamo

A obra e personalidade de Parmigianino se afirmam em contato com o primeiro maneirismo toscano e através das obras dos grandes mestres Rafael e Michelangelo, conseguindo traduzir de forma original os modelos do Renascimento com uma orientação já plenamente maneiristas. Para ele, a função da arte era transmitir sensações estranhas e excitantes, para o que teria de criar um necessário artificialismo.

Perfil de mulher

Nas crenças da Roma sob Clemente VII, a arte se apresentava indiferente aos valores tradicionais da devoção cristã, os símbolos religiosos e o dogma só possuíam dimensão estética. Com essa visão trabalhou Parmigianino. Nas obras posteriores à sua estadia romana manterá o ar elegante e em certos momentos majestoso, tendo cada vez mais uma beleza abstrata e uma graça artificial.

Retrado de Pier Maria Rossi de Sansecondo

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Caiu no vestibular

Cordas vibrantes

(UFPE)
A figura mostra uma corda AB, de comprimento L, de um instrumento musical com ambas as extremidades fixas. Mantendo-se a corda presa no ponto P, a uma distância L/4 da extremidade A, a frequência fundamental da onda transversal produzida no trecho AP é igual a 294 Hz. Para obter um som mais grave o instrumentista golpeia a corda no trecho maior PB. Qual é a frequência fundamental da onda neste caso, em Hz?



Resolução:

As frequências fundamentais no trecho de comprimento L/4 e no trecho de comprimento 3L/4, são, respectivamente, dadas por:

f = v/2.(L/4) e f' = v/2.(3L/4) = (1/3).v/2.(L/4) = (1/3).f => 
f' = (1/3).294 => f' = 98 Hz

Resposta: 98 Hz

domingo, 8 de dezembro de 2013

Arte do Blog

O maneirismo foi uma movimento artístico que surgiu e se desenvolveu em Roma entre 1520 e 1610, contrapondo-se ao modelo vigente da antiguidade clássica. Uma característica marcante do movimento é a atenção aos detalhes. O artista que apresentamos hoje é o escultor Giambologna, que podemos dizer, está para o maneirismo como Michelangelo está para o renascimento. Nas semanas seguintes mostraremos outros artistas maneiristas e a influência do movimento nas artes contemporâneas.
  
Hércules batendo o centauro Nessus, 1599

Giambologna

O escultor flamengo-italiano Giovanni da Bologna (1529-1608) foi, depois de Michelangelo, o escultor mais importante e original do século 16. Um dos expoentes supremos do estilo maneirista, Giovanni foi uma influência importante no desenvolvimento do barroco. Giovanni da Bologna, também conhecido como Giambologna e Jean de Boulogne, nasceu em Douai, Flandres. O primeiro contato de Giambologna com a arte da escultura deu-se no estúdio do escultor flamengo Jacques Dubroeucq. 

O rapto das Sabinas - 1582

Em 1554 Giovanni viajou para a Itália e passou dois anos estudando em Roma. Durante uma breve estada em Florença o colecionador e apreciador de arte, Bernardo Vecchietti, reconheceu seu talento e ofereceu-se para apoiá-lo. Dois anos depois Giovanni recebeu sua primeira encomenda dos Médici. 

Fonte de NetunoPraça Maggiore, Bolonha

O notável virtuosismo técnico de Giambologna é particularmente evidente em seus pequenos bronzes. Projetada para ser apreciada pelos conhecedores, a estatueta "Vênus saindo do banho" foi brilhantemente concebida para formar uma quase incrível variedade de pontos de vista sutilmente inter-relacionados. A extrema atenuação e o delicado equilíbrio de outra obra notável, "Mercúrio" (várias versões produzidas entre 1564 e 1580) teria sido impossível em qualquer outro meio. 

Mercúrio

O Rapto das Sabinas (1582), na Loggia dei Lanzi, Florença, é mais uma das obras-primas de Giovanni cuja gênese é bem documentada pela sobrevivência dos modelos de cera e, neste caso, duas pequenas versões em bronze.
Giambologna permaneceu em Florença a serviço dos Médici até sua morte, em 13 de agosto de 1608.

Vênus saindo do banho, 1572-1573

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Arte do Blog

O instantâneo abaixo é do dia 4 de agosto de 1945. O marinheiro Carl Muscarello e a enfermeira Edith Shain, em plena Times Square, centro de Nova York, comemoram o final da guerra com um beijo. Alfred Eisenstaedt estava lá e registrou. A foto acabou virando capa da revista Life. O casal nunca mais se encontrou, mas o beijo daquele dia eufórico tornou-se uma das imagens mais marcantes do século XX.
  
O beijo em Times Square

Alfred Eisenstaedt

Alfred Eisenstaedt (Dirschau, 6 de Dezembro de 1898 - Nova Iorque, 24 de Agosto de 1995) foi um fotógrafo e fotojornalista norte-americano nascido na antiga Prússia. A família mudou-se para Berlim, na Alemanha, quando ele tinha oito anos e lá ficou até ao momento em que Adolf Hitler chegou ao poder. 

Marilyn Monroe 1953

Aos catorze anos um tio ofereceu-lhe uma câmara fotográfica, uma Eastman Kodak nº 3 (uma câmara de fole). Três anos mais tarde foi recrutado para o exército alemão. Em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, a explosão de uma granada afetou-lhe ambas as pernas. Foi o único sobrevivente do ataque e foi mandado ferido para casa. Levou cerca de um ano até poder caminhar de novo sem ajuda, e foi durante a recuperação que se interessou novamente pela fotografia.

Albert Einstein

Em 1922, tornou-se vendedor de cintos e botões e, com o dinheiro que conseguiu poupar, adquiriu equipamento fotográfico. Ao vender uma foto teve a ideia da possibilidade de viver da fotografia e assim, aos 31 anos, abandonou a profissão de vendedor e passou a fotografar em tempo integral. Dois anos depois da subida de Hitler ao poder emigrou para os Estados Unidos. Em Nova York foi convidado a fazer parte de um novo projeto: a revista Life. Em 1942 naturalizou-se norte-americano e viajou por vários países para documentar os efeitos da guerra: no Japão registou os efeitos da bomba atômica, na Coreia a presença das tropas americanas e na Itália o estado miserável dos pobres.

Funeral de Evita Perón - Buenos-Aires

Durante a sua carreira fotografou personalidades famosas, como Marlene Dietrich, Marilyn Monroe, Ernest Hemingway, JFK e Sophia Loren. Eisenstaedt recebeu inúmeros prêmios. A cidade de Nova York nomeou um dia em sua honra, o presidente George Bush entregou-lhe a Medalha Presidencial das Artes, o ICP (Internacional Center of Photography) atribuiu-lhe o prêmio Masters of Photography, entre outros. Nos seus últimos tempos de vida continuou a trabalhar, supervisionando a impressão das suas fotografias para futuras exposições ou livros.

Sophia Loren

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Caiu no vestibular

Potência e rendimento

(FGV-SP)
A montadora de determinado veículo produzido no Brasil apregoa que a potência do motor que equipa o carro é de 100 HP (1 HP = 750 W). Em uma pista horizontal e retilínea de provas, esse veículo, partindo do repouso, atingiu a velocidade de 144 km/h em 20 s. Sabendo que a massa do carro é de 1 000 kg, o rendimento desse motor, nessas condições expostas, é próximo de:

a) 30%.    b) 38%.    c) 45%.    d) 48%.     e) 53%.

Resolução:

A potência total do motor é Pot(total) = 100 HP = 75000 W

Vamos calcular a potência útil:

Pot(util)τ/Δt => Pot(util = (m.v2/2)/Δt => 
Pot(util) = 1000.(40)2/2)/20 =>   
Pot(util) = 40000 W

O rendimento do motor é a razão entre as potências útil e total:

η = Pot(util)/Pot(total) => η = 40000/75000 => η  0,53 = 53% 

Resposta: e

domingo, 24 de novembro de 2013

Arte do Blog

Hoje apresentamos trabalhos de Carl Mydans, fotógrafo que registrou momentos decisivos da história dos Estados Unidos no século XX.  


Rendição japonesa no USS Missouri

Carl Mydans

Carl Mydans (1907-2004) cresceu brincando no Mystic River, perto de Boston. Seu pai era músico. Mydans começou a se interessar por fotografia enquanto estudava na Universidade de Boston. Trabalhando no jornal da escola ele abandonou os sonhos de infância de ser cirurgião ou construtor de barcos e resolveu aderir de corpo e alma ao jornalismo. Após a faculdade, Mydans foi para Nova York onde trabalhou como redator da American Banker e depois, em 1935, foi a Washington para participar de um grupo de fotógrafos na Farm Security Administration.



General McArthur retornando às Filipinas

Como fotógrafo do governo americano Mydans registrou o período da depressão econômica e, em 1936, tornou-se membro da primeira equipe de fotojornalistas da revista LIFE. Com ele estavam Alfred Eisenstaedt, Margaret Bourke-White, Peter Stackpole e Thomas McAvoy.



Abrigo

Em quatro décadas de trabalho, Mydans se tornou um dos nomes mais marcantes da história da LIFE, que é, ainda hoje, uma das maiores referências na história do fotojornalismo. Durante a II Guerra, Mydans cobriu alguns eventos na Europa, porém, suas grandes reportagens foram sobre as batalhas no Pacífico, principalmente nas Filipinas.



John F. Kennedy em campanha - Boston, 1958

Nas décadas seguintes, cobriu a Guerra da Coreia além de sempre atender outras demandas da revista semanal, como fotografar celebridades e políticos.



Bobby Fischer, 1962

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sábado, 9 de novembro de 2013

Especial de Sábado

Um pouco da História da Física

Borges e Nicolau

Olá pessoal. Na semana passada apresentamos uma breve biografia de Isaac Newton. Hoje vocês vão saber quem foi Nicolau Copérnico, um dos gigantes que Newton citou ter debruçado sobre os ombros. Aproveitamos para ressaltar a professores e alunos que é da maior importância ampliar as biografias e destacar fatos que apresentem dados interessantes da vida dessas pessoas notáveis que estamos mostrando. Aceitamos colaborações.



Nicolau Copérnico (1473–1543) nasceu na Polônia. Aos 18 anos iniciou seus estudos acadêmicos na Universidade de Cracóvia, concluindo-os em Bolonha, Itália, onde estudou Direito Canônico e foi influenciado pelo humanismo italiano, dedicando-se também à Matemática e Astronomia. 

Após tornar-se doutor em Direito Canônico, em 1503, na Universidade de Ferrara, Copérnico foi nomeado professor de Astronomia na Universidade de Roma. Nesse período, passou a estudar e a questionar as ideias da Astronomia tradicional de Ptolomeu.

Copérnico, apesar da dedicação à Igreja Católica, nunca abandonou o estudo sobre a estrutura do Universo, dedicando-se especialmente à análise dos eclipses que ocorreram em 1509 e 1511. Após anos de trabalho de observação do céu e utilizando fórmulas matemáticas e sua teoria dos movimentos orbitais, previu as posições dos planetas Marte, Saturno, Júpiter e Vênus, comprovando a adequação de seu modelo.

O modelo de Copérnico mostrava que a Terra girava uma vez por dia em torno de seu eixo e uma vez por ano ao redor do Sol, que, por sua vez, estava no centro do Universo. Esse modelo do sistema solar ficou conhecido como heliocêntrico. Por tê-lo criado, Copérnico é considerado o fundador da Astronomia moderna. Suas fórmulas permitiam calcular a posição de cada planeta e a ocorrência de eclipses. 

Copérnico decidiu não publicar suas conclusões até conseguir convencer outros estudiosos de sua validade, pois temia ser censurado e perseguido pela Igreja. Sua obra De revolutionibus orbium coelestium ("Sobre as revoluções dos corpos celestes"), publicada prudentemente no ano de sua morte, rompe com o passado, propondo ser o Sol o centro do Universo. Seus estudos  foram os alicerces nos quais se apoiaram grandes desbravadores do conhecimento, como Galileu, Kepler e Newton.
(Fonte: Física Nicolau, Torres, Penteado – Coleção: Vereda Digital, Editora Moderna).

Próximo sábado: Galileu Galilei.