Inscreva-se para uma escola de Monstros. 1968. Óleo sobre tela. 88 x 115 cm.
Max Ernst
Borges e Nicolau
Na "Arte do Blog" do dia 20 de março citamos o artista norte-americano Jackson Pollock. Falamos dele por sua técnica ter influenciado o casal de artistas Marc e Gillie Schattner, cuja obra foi por nós apresentada. Na semana passada, dia 27, foi a vez de Pollock ser mostrado aos leitores. Hoje o artista escolhido foi Max Ernst, que nasceu na Alemanha, naturalizou-se francês, fundou o grupo Dada e influenciou Jackson Pollock com a técnica do gotejamento, por ele inventada.
Max Ernst nasceu em 02/04/1891, em Brühl (Alemanha), e morreu em 01/04/1976, em Paris (França).
Depois de ser um soldado alemão na Primeira Guerra Mundial, Max Ernst, o garoto que aprendera a pintar copiando paisagens de Van Gogh, passou por uma breve fase cubista após a guerra. No ano seguinte, 1919, fundou o grupo Dada em sua terra natal (Colônia) e se propôs a destruir todos os valores estéticos de então. Foi uma tentativa de ruptura, uma reação contra uma sociedade falida e destruída moralmente pela Primeira Guerra Mundial.
Em 1922, emigrou para a França, onde conheceu André Breton e ingressou no movimento surrealista. Publicou livros de poesia ilustrados e, em 1929, fez a colagem "A Mulher de 100 Cabeças", um dos ícones do surrealismo. Em 1930, interpretou um papel no filme de Luis Buñuel, "A Idade do Ouro".
O Surrealismo levou às últimas conseqüências o que seus criadores entendiam como "renovação da arte a partir da recusa à lógica e à moral da burguesia". Assim como o Dadaísmo, jogou fora tudo o que até então era esteticamente aceitável. Ao lado de Louis Aragon, Salvador Dali e Man Ray, Ernst criou peças que até hoje chocam o público.
O mentor intelectual do Surrealismo, Breton dizia que Ernst era o "mais magnífico cérebro assombrado" do mundo das artes. O pintor alemão soube levar como poucos a premissa de que a obra deveria vir de um estado onírico, de sonho. Isto é, a pintura seria a manifestação do que os psicanalistas chamam de inconsciente.
Em seus quadros de cores brilhantes, Max Ernst associava imagens de elementos demoníacos e absurdos com outros eróticos e fabulosos. Unia de forma irracional esses símbolos para expressar seu subjetivismo. Da mesma forma que em suas colagens, as esculturas mesclavam objetos cotidianos, como peças de automóvel e garrafas de leite, a blocos de cimento, que depois fundia em bronze.
Na Alemanha nazista, seus quadros foram expostos, junto aos de outros artistas na mostra denominada Arte Degenerada, em 1937. Durante a Segunda Guerra, com a ocupação da França, Ernst fogiu para os Estados Unidos sob a proteção da mecenas milionária Peggy Guggenheim, uma de suas várias amantes. Em 1948, ganhou a cidadania americana.
Voltou à Europa em 1958, naturalizando-se francês. Morreu em 1976, em Paris. (Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u333.jhtm)
Saiba mais aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário